segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Envolto num manto de verdades ocultas e deitado sore as próprias alucinações do passado, desespera pela saída profundamente reconstruída abaixo do solo visível.

sábado, 26 de dezembro de 2020

 Por dentro de pedras e rochas amontoadas sobre si numa forma extremamente codificada que impede a transposição para o exterior onde sobrecai uma vasta herança de perigos letais à mente humana.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Num leve suspiro de vento noturno mais gelado que um pedaço de gelo nada se ouve… Apenas silêncio sombrio da noite que se aproxima a largos passos para permanecer até à chegada do novo começo. Um novo começo para aprender a ver no escuro e a cegar perante a luz.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Poderia eventualmente dizer que o céu está azul e com sol convidando a um passeio pelo jardim do infinito desconhecido mas em vez disso é preferível soltar um suspiro de realidade e descobrir que afinal o céu também fica escuro e cheio de nuvens prestes a ceder chuva numa tentativa de se aliviar da carga acumulada emocionalmente adquirida sob pretexto de cansaço.

sábado, 12 de dezembro de 2020

Por entre velhos galhos caídos sobre a antiga cascata esquecida por gerações, pequenos intermédios procuram um abrigo seguro longe do trivial muro rochoso que os impede de alcançar o seu veículo de regresso à saída. Cercado de fracas paredes por entre vozes facilmente ocultas no decorrer da sessão de reconhecimento da própria noite, processa-se infindáveis dúvidas sobre o ser de diversões.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Num beco sem saída, num andamento sem andar, numa rua estreita por caminhos duvidosos sem sentido ou direção. Todo o espírito é impuro e todo o demónio é luminoso. Subitamente desorientado, incapaz de andar num mundo obsceno e sem salvação ancestral. Num mundo onde cada derramamento fica incompleto e se aloja a luz escura que mais tarde, numa saída rodeada por quatro paredes se finaliza na queda suave e demorada de um corpo corrompido pela leve maresia do vento.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Na imensidão da luz da noite o provável é improvável, o possível é impossível, o certo é incerto, o útil é inútil, a realidade vira irreal e nada mais tem significado.